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10º COLÓQUIO INTERNACIONAL DE PSICODINÂMICA E PSICOPATOLOGIA DO TRABALHO (CIPPT)

Mudanças no Trabalho – Novos Desafios para a PDT

Changements dans le Travail – Nouveaux Défis pour la PDT

Cambios en el Trabajo – Nuevos Desafíos para la PDT

Changes in Work – New Challenges for PDW

21, 22 e 23/08/2019 – Universidade de São Paulo, Brasil

Local: Auditório Prof. Francisco Romeu Landi – Edifício Eng. Mário Covas Júnior (Prédio da Administração da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo)

Endereço: Av. Prof. Luciano Gualberto, travessa 3, nº 380 Cidade Universitária – São Paulo/SP (google maps)

 

ANAIS – APRESENTAÇÃO DE PÔSTER   |   ANAIS – COMUNICAÇÃO ORAL

INSCRIÇÕES   |  PROGRAMAÇÃO FINAL

Instructions to register at the CIPPT10 (English)

 

APRESENTAÇÃO

Qual psicodinâmica, para qual trabalho, para quem?

Mudanças no trabalho – Novos desafios para a PDT

O 10º CIPPT, será realizado em São Paulo, Brasil, entre os dias 21 e 23 de agosto de 2019. Esta edição tratará especificamente das inquietações referentes ao futuro da nossa disciplina frente aos desafios colocados pelos cenários atuais de produção.

Baseada em três eixos teóricos principais (o sujeito, a ação e o trabalho), de modo geral, o objetivo final da Psicodinâmica do Trabalho (PDT) é o de contribuir para a emancipação dos sujeitos e coletivos, com vistas ao desenvolvimento das organizações, da sociedade e da cultura. Defende não somente a centralidade da sexualidade, mas igualmente a do trabalho, ou melhor, a do trabalhar, para o desenvolvimento humano, reforçando o lugar central desta atividade na vida de todos e nas possibilidades da constituição do viver-junto nas empresas, instituições e na sociedade. O trabalho, portanto, constitui-se como local privilegiado para o desenvolvimento, podendo ser tanto fonte de saúde como de sofrimento patogênico.

Para a PDT, a compreensão do sujeito está ancorada na antropologia psicanalítica. Para a disciplina, o sujeito é modulado por seu inconsciente, trabalha em determinados coletivos, vive em sociedade e carrega uma cultura que é fortemente articulada pelo trabalho e pelas suas relações.

A compreensão sobre o trabalho adotada pela disciplina não é baseada somente nas perspectivas sociológicas e econômicas e na preocupação com o emprego. Considera o trabalho enquanto atividade significativa, que é modulada por relações sociais e que tem um papel fundamental para propiciar condições para que os sujeitos e os coletivos se enriqueçam subjetivamente a partir da sua experiência nos contextos reais. Como pano de fundo há também a dimensão política do trabalhar, considerado como uma ação no mundo que contribui largamente para a construção da polis. Portanto, não há trabalho, do ponto de vista da PDT, que possa ser entendido sem uma reflexão a partir desses três eixos teóricos.

Ao refletir sobre os desafios, já presentes para aqueles que adotam este referencial teórico-metodológico em suas práticas profissionais, oriundos das transformações do trabalho atualmente em curso nas sociedades contemporâneas, nossa responsabilidade é ainda maior. O chamado emprego flexível, por exemplo, carrega uma forte tendência à precarização do trabalho; as novas propostas de revolução industrial conhecida como indústria 4.0 trazem a perspectiva uma mudança radical em termos dos cenários de emprego e trabalho, que inclui, por exemplo, a chamada “Inteligência Artificial”, colocando em evidência questões muito importantes para quem atua nas ciências do trabalho, em especial para aqueles que atuam com a PDT. Dentre elas, citamos o isolamento extremo dos sujeitos e o enfraquecimento do trabalho coletivo, fenômeno reforçado pelas modalidades de avaliação individual de desempenho. Até o presente, os estudos em PDT mostram os efeitos nefastos para a saúde mental deste tipo de modalidade organizacional.

Uma questão para o futuro é saber como serão os cenários de produção e como será o trabalho. Haverá trabalho para todos? Quais serão as modalidades e as relações de emprego? Haverá trabalhos interessantes e desafiadores para todos, e/ou para a maioria da população? Os cenários serão propícios ao desenvolvimento profissional, ou seja, conhecimentos, práticas, tradições baseadas na utilidade social e no trabalho de qualidade, sentido e engajamento? Será possível construir relacionamentos com colegas de trabalho baseados em confiança, relevância, competência, colaboração e outros valores intangíveis que são a base de relacionamentos mais profundos e mais duradouros? Será possível trabalhar com a possibilidade de trilhar um caminho em direção à realização de si e de uma verdadeira contribuição com os coletivos, com as empresas, instituições e com a sociedade?

Ressalte-se que a promessa de realização de si e de emancipação pelo trabalho, na maioria dos casos, não se cumpriu. Isto é devido às escolhas políticas, econômicas e organizacionais que têm papel hegemônico pautadas em uma profunda desigualdade no que diz respeito à distribuição de trabalhos interessantes e desafiadores. Quando se busca projetar no futuro como será o trabalho com a incorporação cada vez mais intensa das tecnologias da informação e de comunicação, assim como o desenvolvimento da biotecnologia e da dita inteligência artificial, as dúvidas e as incertezas sobre o futuro do trabalho ficam ainda mais angustiantes e cruciais. As transformações ocorridas ao longo da história, sejam de ordem tecnológica ou organizacional, não foram pautadas nos pressupostos da centralidade do trabalho e da sua importância para o desenvolvimento dos sujeitos, das instituições e da cultura.

O debate e ações transformadoras em relação ao trabalhar são as principais contribuições da PDT ao longo de sua recente história. O desafio seria o de como promover, frente ao cenário político e econômico contemporâneos, situações de trabalho propícias à construção da saúde, ao desenvolvimento profissional e social. Para tanto, é importante debatermos e enfrentarmos as ondas que colocam o trabalho em uma posição absolutamente precária. É relevante e urgente uma reflexão sobre os modos de ação em PDT, com base em experiência anteriores e contemporâneas, além dos diferentes pontos de vista sobre o trabalho, reforçando, inclusive, as bases epistemológicas e políticas da disciplina. Este colóquio convida a todos os interessados a se debruçar sobre estes desafios.

 

INSTRUÇÕES PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS

  1. Os trabalhos deverão ser enviados até o dia 30 de maio de 2019 para o e-mail cippt2019@gmail.com. Todas as submissões serão confirmadas por e-mail. Solicita-se que seja desativado o filtro contra spam para este endereço.
  2. O texto, deverá conter, aproximadamente, 1000 palavras, com as seguintes informações:
  3. a) Título;
  4. b) Tema;
  5. c) Duas ou três palavras-chave que descrevam o trabalho;
  6. d) Nome(s) do(s) autor(es);
  7. e) Afiliação(ões) do(s) autor(es);
  8. f) Endereço(s) do(s) autor(es);
  9. g) E-mail do(s) autor(es);
  10. h) Telefone do(s) autor(es);
  11. O artigo deverá ser baseado no diálogo (seja teórico, metodológico ou empírico) com a Psicodinâmica e Psicopatologia do trabalho, tendo em vista o tema do Colóquio.
  12. Todos os trabalhos serão avaliados pela comissão cientifica. Para aqueles aprovados, pelo menos um dos autores deverá se inscrever no evento até 15 de julho de 2019, efetuar o pagamento da inscrição e estar presente para apresentação no horário designado no programa do evento.
  13. A notificação de aceite do trabalho e outras comunicações serão feitas pelo e-mail: cippt2019@gmail.com. Caso precise de comprovante de aceite antecipado por motivos de visto ou solicitação de auxílios, por favor, informar via e-mail para a Comissão Organizadora.
  14. As apresentações só serão publicadas na programação final e nos anais do Colóquio se pelo menos um dos autores se inscrever para o evento.
  15. Idiomas permitidos para o trabalho: Francês, Inglês e Português.
  16. Idiomas para a apresentação: Português e Francês com tradução simultânea, Inglês e Espanhol sem tradução.

 

INSCRIÇÕES: clique aqui.

A inscrição inclui: participação em todas as sessões do Colóquio (com tradução simultânea) e coffee breaks. Não estão incluídos: almoços, jantares e programas culturais.

Hospedagem: a orientação é que os participantes fiquem em regiões próximas à Linha Amarela do Metrô (estações: Faria Lima, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Paulista).

No processo de inscrição, o valor informado inicialmente é de R$600. É necessário inserir o voucher na área “Número de cupom de desconto”. Não finalize a inscrição sem o desconto ter sido validado! 

Para alunos de Graduação, utilizar o voucher: CIPPTGRA

Para alunos de Pós-Graduação, utilizar o voucher: CIPPTPGRA

Para Professores e Pesquisadores, utilizar o voucher: CIPPTPROF

Meio de pagamento aceito: boleto bancário e cartão de crédito das bandeiras Mastercard e Visa. Caso precise de recibo, informe os dados para o recibo durante o processo de inscrição em “Responsável financeiro”. No sistema de inscrição, o termo “Aluno”, se refere ao próprio participante.

NO CREDENCIAMENTO DO EVENTO, SERÁ COBRADA A APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTO QUE COMPROVE O DIREITO AO DESCONTO. 

COMITÊ ORGANIZADOR

Laerte Idal Sznelwar

Selma Lancman

Seiji Uchida

Juliana de Oliveira Barros

Cláudio Marcelo Brunoro

EQUIPE ORGANIZADORA

Alvaro Marques

Cristiane Rodrigues

CONTATO: cippt2019@gmail.com